Ir.'. Ricardo da Graça Milani Garcia - A.'.M.'.
A.’.R.’.L.’.S.’. “Chequer Nassif” nº
169
Or.’. de São Bernardo do Campo - SP
Or.’. de São Bernardo do Campo - SP
lido em reunião conjunta de 28/03/2016
Do ingresso à Maçonaria
Para ingressar na
Ordem Maçônica, como principio, é necessário ser livre e de bons costumes, ou
gozar da liberdade social por ter boa conduta e reputação, senhor de sua
individualidade, e capaz de assumir compromissos, abdicando de suas paixões e
preconceitos.
Neste contexto, fomos
recepcionados como maçons, no nosso estado natural, sem vaidades, títulos ou
honras do mundo profano, sem orgulho, porém na escuridão da ignorância, sem
poder ver ou enxergar, pois estávamos vendados e cegos, e mais perceptivos e
atuantes quanto aos nossos outros sentidos.
Uma sentença que
coincidentemente, teve forte repercussão em nossas iniciações; foram os dizeres
que frisavam que somos homens livres e de bons costumes.
Estas palavras
imediatamente confortavam e tranquilizavam os nossos egos por termos as
qualidades necessárias para ingressarmos na Ordem, e nos induziam a reflexão
que os outros presentes ali no ritual também zelavam por valores comuns, e não
devíamos nos preocupar com aquela provação.
Felizmente agora com
a apresentação desse novo trabalho, teremos a oportunidade de ter uma melhor compreensão,
do que de fato, se define um ser “livre e de bons” costumes na Maçonaria.
Do ser plenamente livre
Livre, palavra
derivada do latim, que em sentido amplo significa tudo o que se mostra isento
de qualquer condição, constrangimento, subordinação, dependência, encargo ou
restrição.
A qualidade ou
condição de livre, assim atribuído a qualquer coisa, importa na liberdade de
ação a respeito da mesma, sem qualquer oposição, que não se funde em restrição
de ordem legal e, principalmente moral.
O conceito maçônico
de homem livre é diferente, é bem mais elevado do que o conceito jurídico. O
direito de ir e vir; para ser homem livre, não basta ter liberdade de
locomoção, para ir aqui ou ali.
Goza de liberdade, o
homem racional que não é escravo de suas paixões, aquele que não se deixa
dominar por seus instintos animais, domina a fera humana, o seu lado
irracional.
Não é homem livre,
não desfruta da verdadeira liberdade, quem esta escravizado aos vícios. Não é
homem livre aquele que é dominado pelo jogo, que não consegue libertar-se de
suas tentações.
Não é homem livre,
quem se enchafurda no vício, degrada-se, condena-se por si mesmo, sacrifica
voluntariamente a sua liberdade, porque os seus baixos instintos se
sobrepuseram às suas qualidades, anulando - as.
Maçom livre é o que
dispõe da necessária força moral para evitar todos os vícios que infamam, que
desonram, que degradam. O supremo ideal de liberdade é livrar-se de todas as
propensões para o mal, despojar-se de todas as tendências condenáveis, sair do
caminho das sombras e seguir pela estrada que conduz à luz, a prática do bem,
que aproxima o homem da perfeição intangível.
Da Maç.'. e dos costumes de um maçom
A Mac.’., associação
de homens escolhidos, que tem como base da sua doutrina, o G.’.A.’.D.’.U.’.,
que é Deus; como regra, a lei natural; na sua causa: a verdade, a liberdade e a
lei moral; por princípio: a igualdade, a fraternidade e a caridade; em seus
resultados: a virtude, a sociabilidade e o progresso, ou seja, a reunião de
todos estes valores, objetivando a felicidade do individuo e paz entre os
povos.
Em uma simples
consulta ao site da Wikipedia, temos como definição do termo Costumes:
“... costumes são as
regras sociais resultantes de uma prática reiterada de forma generalizada e
prolongada, o que resulta numa certa convicção de obrigatoriedade, de acordo
com cada sociedade e cultura específica.
Segundo Paulo Nader,
“A lei é Direito que aspira a efetividade e o Costume a norma efetiva que
aspira a validade”....”
Um homem de bons
costumes eleva o pensamento a coisas positivas e construtivas, se alimenta de
bons fluídos e irradia com maior intensidade para levar luz às trevas.
Podemos também
associar os costumes aos deveres, e neste caso, focar alguns costumes na visão
de TALLES DE CARVALHO CHAVES, bons costumes esperados de um Maçom, conforme
segue:
1.
É subir a Escada de Jacó pelas Iniciações da Vida sem ferir os Irmãos neste
percurso;
2.
É realizar o sonho de desbastar pelo pensamento e pelas ações as arestas dos
vícios e da insensatez;
3.
É socorrer o Irmão nas dificuldades, chorar com ele as suas angústias e saber
comemorar a seu lado as suas vitórias;
4.
É reconhecer nas viúvas e nos órfãos a continuidade do Irmão que partiu para o
Oriente Eterno;
5.
É ver na filha do Ir.’. a sua filha, e na esposa do Ir.’., uma Irmã, Mãe ou
Filha;
6.
É combater o fanatismo e a superstição sem o açoite da guerra mas com a
insistência da palavra sã;
7.
É ser modelo da eterna e universal justiça para que todos possam concorrer para
a felicidade comum;
8.
É saber conservar o bom senso e a calma quando outros o acusam e o caluniam;
9.
É ser capaz de apostar na sua coragem para servir aqueles que o ladeiam, mesmo
que lhe falte o próprio sustento;
10.
É saber falar ao povo com dignidade ou de estar com reis e presidentes em
palácios sumptuosos e conservar-se o mesmo;
11.
É ser religioso e político respeitando o direito da religião do outro e da
política oposta à sua;
12.
É permitir e facilitar o desenvolvimento pleno das concorrências para que todos
tenham as mesmas oportunidades;
13.
É saber mostrar ao mundo que nossa Ordem não é uma Sociedade de auxílio mútuo;
14.
É ser bom, leal, generoso e feliz, amar a Deus sem temor ao castigo ou por
interesse á recompensa;
15.
É procurar amar o próximo, mesmo que ele esteja distante, como se fosse a si
mesmo.
DAS CONCLUSÕES, O SER
LIVRE E DE BONS COSTUMES
Finalmente, o Maçom, deve
ser um homem livre e de bons costumes, deve orar e vigiar, deve conter e
sufocar suas paixões cultuando bons hábitos, deve amar ao próximo como a si
mesmo, deve zelar pelos bons costumes que foi e é uma premissa obrigatória para
a admissão na Ordem, e também uma condição necessária e expressa em nossa
constituição maçônica.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a todos
os nossos queridos IIr.’., pela paciência e pelos momentos de
reflexão proporcionados por este trabalho sobre o ser LIVRE E DE BONS COSTUMES
, e por ter a oportunidade de fazer parte desta GRANDE família maçônica.
Ao G.’.A.’.D.’.U.’., por nos conceder a saúde, sabedoria e segurança para progredirmos
em nosso caminho evolutivo, contribuindo na construção da estrada da perfeição
moral, que é onde encontraremos a felicidade.
Muito Obrigado!
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