quarta-feira, 27 de julho de 2016

Os três pontinhos


 

Enviado por email pelo
Ir.'. José Carlos Vicenzo
A.'.R.'.L.'.S.'. "Luz de São João" nº 750
Or.'. de São Bernardo do Campo - SP


Os três pontos (.’.) em forma de triângulo equilátero são utilizados na Maçonaria como abreviatura e como símbolo.
Sua primeira utilização foi como um sistema de abreviaturas, não havendo consenso quanto a sua origem:

(1) Teriam sido utilizados pela primeira vez numa circular de 12/08/1774, onde o Grande Oriente de França informava a mudança de seu endereço;
(2) Teriam sido utilizados pela primeira vez dez anos antes, desde 03/09/1764, nas atas da Loja Sincerité;

(3) Teriam sido uma herança dos antigos Rosa-Cruzes, legada à Maçonaria Operativa cem anos antes, no século XVII; e (4) Teriam se originado na escrita hieróglifo dos egípcios, que utilizavam os três pontos (...) como uma forma de plural, o que remeteria a origem a uma época bem mais distante.

O uso dos três pontos tornou-se então um sistema prático de abreviação de palavras e ainda uma forma de se ocultar os termos e afirmativas de ordem doutrinária, desvirtuando e ocultando da curiosidade dos não iniciados o significado do que é restrito aos Maçons.

De sistema de abreviaturas, os três pontos foram elevados à categoria de símbolo, prestando-se a inúmeras interpretações.  Neles se pode ver a figura do triângulo equilátero, que nos leva ao delta, figura tida como perfeita por ter seus ângulos e lados perfeitamente iguais. O delta é um dos mais importantes símbolos da Antiguidade, representando a Trindade Divina: Pai, Filho, Espírito Santo (cristãos); Ami, Nuah, Bel (caldeus); Hes, Tharan, Belen (celtas e bretões); Nara, Nari, Viraj (brâmanes); Brahma, Vishnu, Shiva (hindus); Osíris, Ísis, Órus (egípcios).

O delta pode também representar as três faces ou aspectos da divindade e de sua tripla força indivisível: Onipotência-Onipresença-Onisciência; Criador-Conservador-Destruidor;
Energia-Resistência-Movimento; Energia-Matéria-Vida; Começo-Meio-Fim; Tese-Antítese-Síntese; Vontade-Amor-Inteligência; Vontade-Ideia-Ação.

Para a Escola Mística, o delta representa as forças criadoras primordiais da filosofia hermética: Enxôfre-Sal-Mercúrio.

Os três pontos podem significar ainda: Salomão-Hiram de Tiro-Hiram Abif; Sabedoria-Força-Beleza; Liberdade-Igualdade-Fraternidade.

Todavia, quando o Maçom utiliza os três pontos em sua assinatura, além de como tal se fazer reconhecer por seus IIr.’., o faz no sentido do sigilo, da discrição. Da mesma forma que os três pontos são utilizados como abreviatura que oculta termos de ordem doutrinária restrita, trata-se de uma indicação de que, ao assinar o seu nome, trouxe à lembrança seu juramento de guardar segredo sobre todos os assuntos que só dizem respeito aos Maçons.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

As ferramentas (adaptação)


 
postado pelo Ir.'. Antônio César Brito
V.'.M.'. da A.'.R.'.L.'. S.'. "Stella Matutina" nº 658
Or.'. São Bernardo do Campo - SP.
no Grupo Stella Matutina 658 - Whats App 
 
Um grupo de ferramentas reuniu-se em Assembléia em uma Oficina para acertar suas diferenças.

Um Malhete estava exercendo a presidência, mas, alguns participantes exigiram sua renúncia.
 
A Causa?
 
O Malhete fazia demasiado barulho, vivia golpeando, não deixava ninguém falar e se achava dono do lugar.

O Malhete, revoltado, disse que ele e que estava sofrendo um golpe e pediu a expulsão da Régua, do Maço e do Cinzel, um grupelho que conspirava contra ele; a Régua queria controlar o trabalho e o descanso físico e espiritual, segundo suas medidas sem dar satisfações a ninguém como se fosse a única perfeita; o Maço e o Cinzel só tratavam de asperezas, e, um sem auxílio do outro não tinha nenhum valor.
 
A Régua não se conteve e transferiu as acusações para o Esquadro, o Nível e o Prumo, pois, estes, não faziam o trabalho pesado e ainda queriam aferir tudo; o Nível só trabalhava na horizontal – muito descansado; o Prumo dizia que sua visão vinha de cima e não poderia ser contestado; e o Esquadro, queria sempre ver tudo sobre todos os ângulos... que prepotência...
 
O Esquadro aborrecido asseverou – Faço apenas o que está traçado na Prancheta, que se queixem com o Compasso o Lápis e o Cordel que são os culpados, eles e que maquinam tudo, dizem que juntos, e a partir de um único ponto, projetam uma linha, um ângulo, um plano e um sólido... como é possível?
 
Neste momento, todos, com respeito, se calaram, pois entrou na Oficina o Mestre da Obra. Este juntou todas as ferramentas e, apresentando a prancheta com o traçado e disse: – hoje vamos dar continuidade a construção projetada pelo Grande Geômetra.
 
Com a participação de todos, os trabalhos foram iniciados e realizados em paz – com ordem e exatidão. Ao final, 
o Fiscal da Obra constatou que estava tudo justo e perfeito. Quando o Mestre foi embora as ferramentas voltaram a discussão.
 
Mas, a Prancheta adiantou-se e disse: – Senhores, ficou demonstrado que todos temos defeitos, mas o Mestre da Obra trabalha com nossas qualidades, ressaltando nossos pontos valiosos... Portanto, em vez de pensar em nossas fraquezas, devemos nos concentrar em nossos pontos fortes.
 
Então a Assembléia entendeu que todos eram necessários, e, como equipe, eram fortes precisos e exatos, por isto, capazes de produzir com qualidade.
 
Uma grande alegria tomou conta de todos pela oportunidade que tiveram de trabalharem juntos. E assim despediram-se, contentes e satisfeitos.
 
Quando buscamos defeitos em nossos Irmãos, a situação torna-se tensa e negativa.
 
Ao contrário, quando se busca com sinceridade os pontos fortes, florescem as melhores conquistas. É fácil encontrar defeitos...
 
Qualquer um pode fazê-lo! Mas, encontrar qualidades?
 
Isto é para os sábios!

sábado, 23 de julho de 2016

Reinserção da Maçonaria na política brasileira.

 
Estadão - Portal do Estado de S. Paulo ESPAÇO ABERTO
Maçons buscam nomes comprometidos com a ética e a cidadania para apoiarem nas eleições.
 
Enviado pelo Ir.'. Valter Mendes,  por Whatts App, para o
Grupo Só IIr.'. 100
 
por Benedito Marques Ballouk Filho *
23 Julho 2016
Pela conjunção de uma série de fatores, o Brasil passa pelo que alguns chamam de “era dos escândalos”. Seja na TV ou no rádio, nos jornais ou no computador, na fila do banco ou nas conversas do trabalho, somos bombardeados diariamente por incontáveis manchetes e notícias sobre corrupção, envolvendo empresas, partidos e a classe política em geral.
Há quem atribua esse fato a uma escalada dos esquemas que desviam recursos públicos, enquanto outros entendem que estamos assistindo a um aumento sistemático da força empreendida em investigar e tornar públicos esses crimes. De uma maneira ou de outra, a verdade é que vivemos um momento político ímpar.
Nunca antes se falou tanto em corrupção, assim como nunca antes uma bandeira contra ela foi levantada por parcela tão expressiva da população. Extirpar esse câncer que corrói o tecido social de nossa Pátria passou a ser questão de honra para muitos, em razão do aclaramento da consciência cívica dos brasileiros.
Diante desse cenário, nossa responsabilidade cívica vai além do voto, princípio básico de uma democracia. Hoje, falar, pensar e fazer política deixou de ser uma atividade exercida a cada quatro ou dois anos, mas algo permanente, enraizado em nossas relações e permeando o nosso dia a dia. Com a sociedade civil organizada não seria diferente.
A luta contra a corrupção e o resgate da dignidade no exercício do poder já mobiliza instituições civis por todo o Brasil, de organizações de classe a grupos, institutos e ONGs. É uma batalha diária pela mobilização em prol da retomada do protagonismo político, norteada pela visão da política como ferramenta única de transformação social; que não pode ser vista como algo simples, sem interesse ou importância. Como dizia Platão, “a desgraça dos que não gostam da política é que são governados pelos que gostam”. Alguns não só gostam, como a utilizam em proveito próprio – e são esses que devem ser banidos da vida pública.
É assim, fazendo parte desse coro que clama por medidas emergenciais de mudança, que a Maçonaria do Estado de São Paulo busca seu protagonismo e o resgate do seu passado histórico de lutas e conquistas para a construção da nossa Pátria. A Ordem Maçônica esteve presente em momentos fundamentais da nossa História, como a Independência do Brasil, a Proclamação da República, a abolição da escravatura, a redemocratização do País e outros eventos marcantes, sempre altiva e coadjuvante no progresso e na evolução de nossa gente e de nossa Pátria.
Hoje lutamos pela mudança desse cenário caótico, tornando público o ímpeto da Maçonaria de estar inserida, juntamente com outras organizações da sociedade civil, no mesmo coro por uma renovação nacional. Com esse foco os maçons paulistas instituíram e têm ampliado sistematicamente o Grupo Estadual de Ação Política (Geap-SP). Essa iniciativa reúne associados das três Obediências Maçônicas do Estado, do Grande Oriente de São Paulo (Gosp), da Grande Loja do Estado de São Paulo (Glesp) e do Grande Oriente Paulista (GOP), e tem um objetivo único e simples: lutar para a construção de uma classe política brasileira composta por pessoas dotadas de valores éticos e comprometidas com a Pátria e o bem comum. Entendemos que o Brasil é um país promissor, que necessita investir na educação de base para o surgimento de uma nova geração comprometida com esses nobres princípios.
Essa proposta não é utópica nem ingênua, mas um exemplo de mobilização da sociedade civil que já funciona e se expande. O GEAP coordena grupos locais e incentiva as lojas maçônicas a estar cada vez mais próximas do processo político nesse ideário, principalmente neste ano de eleições municipais. Combater a ignorância do voto nulo e o desprezo ao próprio voto, a única ferramenta capaz de realizar as mudanças tão necessárias para um País livre do jugo da corrupção e voltado para o progresso, como uma das maiores nações do mundo.
Assim, os maçons passaram a receber os candidatos eletivos, deles buscando compromissos que visam a resgatar a ética e a cidadania. Mais do que isso, esse grupo político atua identificando potenciais lideranças maçônicas ou de outras esferas sociais que possam representar esses ideais da transformação da sociedade. Todos esses candidatos podem, então, solicitar o apoio da Maçonaria, sendo possível orientá-los sobre o processo de filiação aos partidos políticos antes mesmo de as coligações serem feitas, participando assim da formação estratégica dessas lideranças, sejam tais candidatos maçons ou não. O essencial é que eles sejam comprometidos com a ética, com a probidade administrativa e com a moralidade pública.
O mais importante, porém, é a contrapartida exigida. Fazendo parte ou não da Maçonaria, todos os candidatos que buscam esse apoio assinam um termo de compromisso, garantindo não apenas sua conduta e suas intenções, mas se predispondo a realizar visitas periódicas depois de eleitos para a prestação de contas de suas ações enquanto representantes da população.
Esse é um exemplo de atuação da sociedade civil organizada, que não apenas ajuda a identificar e apoiar nomes que possam substituir os corruptos instalados no poder público, mas também fiscaliza suas ações após o processo eleitoral. Um trabalho que deve ser realizado de forma constante e coletiva, já que nenhum de nós é tão bom quanto todos nós juntos.
Nosso papel é fazer uma interface do discurso maçônico com a prática cidadã, atuando na evolução da sociedade por meio do exercício direto da política. É uma forma de revolução pacífica, cívica e democrática, permitindo, assim, a construção de um País melhor para todos e para as gerações futuras.

*Benedito Marques Ballouk Filho,
é advogado e Grão-Mestre Estadual do Grande Oriente
de São Paulo, que representa mais de 24 mil maçons,
presentes em centenas de Municípios Paulistas.

terça-feira, 19 de julho de 2016

A origem e significado da palavra Huzzé


Ir.'. Fábio Pedro Cyrino
Secretário Estadual de Orientação Ritualística - GOB/SP
enviado por email pelo Ir.'. José Carlos Vicenzo - Obreiro 
da  A.'.R.'.L.'.S.'. "Luz de São João" nº 750
Or.'. de São Bernardo do Campo - SP - em 18/07/2016


A palavra Huzzé, é utilizada como exclamação ou aclamação, dentro dos Rituais do Rito Escocês Antigo e Aceito.
Sua origem dentro da Estrutura do R.'.E.'.A.'.A.'. é incerta; nos primeiros rituais dos Graus Simbólicos, editados pelo Grande Oriente da França, em 1804, não consta nenhuma interjeição ou aclamação quando da abertura e do encerramento dos trabalhos maçônicos.

A primeira menção que ocorre a essa exclamação aparece no ritual do Rito Escocês Antigo e Aceito publicado pelo Grande Oriente da Bélgica em 1820 e aparece com a grafia Houzzai, que nada mais é que a transcrição fonética francesa para a palavra inglesa Huzzah.

Nos rituais editados pelo Supremo Conselho do Rito Escocês Antigo e Aceito para a Jurisdição Meridional dos EUA em 1872, revisados por Albert Pike surge a palavra Huzza, sem o “H”, e Albert Mackey em sua Enciclopédia da Maçonaria, publicada em 1873, apenas consta no verbete Huzza, como sendo  a  saudação do  Rito Escocês  Antigo e Aceito, sem
maiores explicações.

Segundo o Oxford English Dictionary a definição para a palavra Huzzah é a seguinte:
HUZ·ZAH ou também HUZ·ZA

Interjeição: Expressão de alegria ou encorajamento; expressão de triunfo ou aprovação.

Substantivo: Um grito de huzzah; ou um grito de hurrá; uma saudação.

Etimologia: Variação do inglês arcaico medieval derivada da palavra franco-normanda, hisser: hastear.

O dicionário não menciona qualquer forma específica de derivação.

Consideram-se duas origens para a expressão, uma literária e outra militar.

Os primeiros registros literários aparecem em 1573 e constam de algumas peças de William Shakespeare, entre elas “A Tragédia de Macbeth” e “Othelo, o Mouro de Veneza”. De acordo com um grande número de escritores dos séculos 17 e 18, Huzzah era originalmente utilizada como uma saudação dos marinheiros ingleses como forma de saudação e quando em brindes por alguma vitória, ou mesmo quando grandes oficiais
embarcavam ou desembarcavam das naus capitanias.

O escritor e cronista inglês John Dunton (1659-1733), em sua obra “Cartas da Nova Inglaterra”, publicado em 1686, registra o costume militar de se saudar as autoridades com gritos de Huzzah:

“Nosso Capitão, ordenou uma salva de tiros completa com todos os canhões de nossa embarcação; a cada disparo, os céus se encheram de gritos de júbilos e saudações e ouvíamos por todos os lados Huzzahs e Hurrahs”.

O poeta Alexandre Pope, em sua obra “Um Ensaio sobre o Homem”, publicado em 1734, também apresenta Huzzah como uma interjeição de saudação. As últimas menções a Huzzah na literatura inglesa aparecem no século 19.

Charles Dickens, na obra “Oliver Twist”, publicado entre 1837-39, mostra:

“Fortes batidas, grossas e pesadas, sacudiram as portas e as janelas inferiores, bem como as persianas de toda a construção; e assim que ele deixou de falar surgiu uma explosão de huzzahs do meio da multidão”.

E Mark Twain a apresentou na obra “Tom Sawyer”, publicada em 1876:

“… a população se reuniu em torno de si… e varreu magnificamente as ruas principais com gritos de huzzahs após huzzahs!”

Huzzah pode ser categorizada no mesmo patamar de outras interjeições inglesas, como hoorah ou hooray. De acordo com os Dicionários Ingleses, sobretudo o Oxford English Dictionary, Huzzah seria uma forma mais literária e dignificante, enquanto que horray seria uma aclamação mais popular, sendo encontra nos dialetos das periferias de Londres. A prova disto pode ser encontrada nos gritos de saudação das equipes de remo do Magdalene College, da Universidade de Cambridge, que celebram suas vitórias com três saudações de “Huzzah”.

De qualquer forma, a origem da palavra não está de toda clara, mas pode estar associada aos gritos de guerra dos pelotões militares, sendo encontrada entre as tropas inglesas, escocesas, suecas, dinamarquesas, alemãs, russas e prussianas. Há até uma palavra muito semelhante, de origem mongol, remontando aos primeiros anos do século 13, com a mesma significação de saudação e júbilo.

O fato é que, ao longo dos séculos 17 e 18, Huzzah foi identificada como um grito de guerra das tropas avançadas da marinha inglesa, bem como do exército e do corpo de Granadeiros Britânicos. Durante o século 18, três “huzzahs” eram dados pela infantaria britânica antes do toque de carga, como meio de reforçar a moral das tropas e intimidar os inimigos. O livro “Casacas-vermelhas: Os soldados britânicos na era da cavalaria e dos mosquetes”, de autoria do Brigadeiro Edward Richard Holmes (1946), historiador militar inglês, indica que eram dados dois gritos curtos de “huzzah”, seguidos de um terceiro mais longo, antes do toque dado pelos clarins. A mesma palavra foi incorporada à “Canção dos Granadeiros”, de 1745, cuja tradução livre segue abaixo:

“E quando o cerco se levanta,

Para a cidade nos dirigimos,

Para nos unirmos aos citadinos

Com gritos de ‘Huzzah, meus bons rapazes,

Já chegam os Granadeiros!’

Toda cidade os recebe.

‘Huzzah, meus bons rapazes,

Já chegam os Granadeiros!’

Quem os conhece não dúvida de sua coragem

Cantemos, cantemos, e exultemos

Huzzah para os Granadeiros!”

De qualquer forma, a vinculação da palavra à Maçonaria é evidente: A pretensa origem do Rito de Heredom, do qual o Rito Escocês Antigo e Aceito derivou posteriormente, vinculado às tropas escocesas que acompanharam o exílio da família Stuart em França poderia ser uma indicação de sua adoção como grito de aclamação ou de júbilo dado no início e término dos trabalhos. Outro fator é a vinculação do Rito de Heredom e do Rito Escocês Antigo e Aceito às tropas prussianas de Frederico II, segundo consta a lenda, o organizador do Rito na Europa.

Argumentos tais como que esta exclamação prepararia no início dos trabalhos o ambiente espiritual, afastando os resquícios de vibrações negativas trazidas para dentro do templo por Irmãos, e que ao término dos mesmos aliviaria as tensões surgidas, levando-se em conta aspectos místicos, físicos e psíquicos, não cabe em qualquer trabalho mais sério que pretenda investigar histórica e fundamentalmente a Maçonaria.

O importante é a consciência de que a palavra Huzzah e suas corruptelas afrancesada e aportuguesada, Huzzai e Huzzé, respectivamente, apenas significam um grito de saudação, ou como consta literalmente em nossos rituais, um grito de aclamação, não
possuindo nenhum outro significado maior ou esotérico. É apenas um grito de exaltação como os constantes dos demais Ritos, como “Vivat, vivat, vivat”, do Rito Adonhiramita, e “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, do Rito Moderno.

OBS: Leia também, o trabalho publicado neste blog, em 02/04/2016, sob o mesmo título, de autoria dos IIr.'. Rubens Hass e Marcelo Cléber, da A.'.R.'.L.'.S.'. "Stella Matutina" nº 658 - Or.'. de São Bernardo do Campo - SP.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Qual a diferença entre Protestantes e Evangélicos?

 

IIr.’., temos abaixo,  uma rápida pincelada sobre algumas diferenças de procedimentos, crenças, linhas de atuação dentro do mesmo tema....

É muito longe de querer explicar devidamente todos os meandros de cada linha, apresentamos apenas uma iniciação ao assunto, somente para se pensar e meditar a respeito.
 por Marina Motomura
enviado por email por Marcus Gardiziulis - em 06/07/2016
 
Os dois nomes referem-se aos cristãos que romperam com a Igreja Católica durante a Reforma Protestante. O termo "protestante" vem do documento formal de protesto - Protestatio - que os luteranos apresentaram em uma assembleia em 1529, manifestando a sua oposição à política religiosa adotada pela Igreja. Já o nome "evangélico" vem do fiel que se submete ao ensinamento contido nas "boas-novas" (evangelium, em latim) trazidas por Jesus.

Os protestantes se declaravam seguidores do Evangelho - um dos seus princípios durante a Reforma era o da Sola Scriptura ("Só a Escritura", em latim). Isso significava que, para os protestantes, apenas a Bíblia era fonte de revelação suprema, e que não deveria ser permitido à Igreja fazer doutrinas fora dela.

Todos esses movimentos estimulavam o fim do monopólio da Igreja sobre a interpretação da Bíblia e reivindicavam que todo e qualquer cristão pudesse ler as Escrituras e tirar delas o que quisesse. Os protestantes recusavam a ideia de que um único líder - o papa - deveria guiar os rumos da religião. Sem um "chefe", cada grupo começou a se fragmentar em diversas correntes, com pequenas divergências doutrinárias. Abaixo você confere a diferença entre os principais ramos do cristianismo.

CADA UM COM SUA CRUZ - Divergências entre cristãos, deram origem a várias denominações religiosas.

CRISTIANISMO
Jesus pregava que a mensagem de Deus destinasse a toda a humanidade, e não apenas ao povo eleito como diziam os judeus. A comunhão de bens, a partilha do pão e o batismo eram alguns dos ensinamentos de Jesus aos seus apóstolos e seguidores, que formavam uma pequena comunidade perto de Jerusalém.

IGREJA CATÓLICA
Após a morte e ressurreição de Cristo, seus apóstolos começam a organizar uma religião, com hierarquia e regras. A crença básica da Igreja primitiva era uma só: Jesus é o Senhor, e a salvação dependia da fé n'Ele.

GRANDE CISMA
A Igreja Católica cresceu e tornou-se a religião oficial do Império Romano, que se dividiu em Ocidental e Oriental. O papa romano e o patriarca de Constantinopla passaram a disputar poder, gerando o cisma.
 
IGREJA ORTODOXA
A denominação "Igreja Ortodoxa" só surge no século 11. Os ortodoxos só admitem ícones como representações de Cristo e de santos. Eles acreditam que o Espírito Santo só procede do Pai, e não do Pai e do Filho como os católicos.

REFORMA PROTESTANTE - 1517
Martinho Lutero publicou "95 Teses" criticando a condução do cristianismo, como a venda de um lugar no paraíso (as indulgências). John Wyclif, Jan Huss e João Calvino também queriam uma Igreja mais "racional".

LUTERANOS
Uma das novidades introduzidas por Martinho Lutero é a possibilidade de livre interpretação da Bíblia - no catolicismo de então, o Livro era em latim e só os padres poderiam "traduzir" o que significavam os versículos das Escrituras.

ANGLICANOS - 1534
A religião surgiu por causa do rei Henrique VIII, que queria se divorciar, o que na época, não era permitido pelo Papa. Ele se auto nomeou "Chefe Supremo da Igreja da Inglaterra e rompeu  com os católicos de Roma.

BATISTAS
Só os cristãos adultos, já conscientes de seus atos, podem ser batizados, mas o ato não é obrigatório para a salvação. Para os batistas, o crente deve escolher por sua própria consciência servir a Deus.

METODISTAS
John Wesley deixou a Igreja Anglicana para pregar nas ruas da Inglaterra e fez vários discípulos, que criaram uma nova denominação. Na doutrina metodista, a Bíblia está no centro das fontes de conhecimento teológo.

CALVINISMO
João Calvino queria uma religião com maior observância à Bíblia e aos princípios morais mais rígidos. Uma das doutrinas do calvinismo é a da predestinação: alguns humanos já nascem salvos, enquanto outros não.
 
PENTECOSTALISMO
Surgiram nos EUA movimentos com influência de batistas e metodistas. Eles aceitavam manifestações do Espírito Santo, como a capacidade de curar doentes, de fazer milagres e de falar línguas.

NEOPENTECOSTALISMO
Diferem dos pentecostais pelos costumes mais liberais e por adotarem a teologia da prosperidade, que valoriza a riqueza material. Também creem que o Diabo é o responsável por tudo de mal.

ANABATISTA
Só adultos são batizados. Os anabatistas eram conhecidos como a "ala radical" da Reforma Protestante. Pacifistas, eles se recusam a portar armas, usar espadas ou até mesmo prestar serviço militar.

AMISH
Grupo cristão baseado nos Estados Unidos e Canadá famoso pelo isolamento. Os amish evitam contato com o mundo exterior: é proibido o uso de equipamentos eletrônicos como telefones e automóveis e pratica-se o casamento intrarreligioso.

TESTEMUNHAS DE JEOVÁ
Não creem na divindade de Jesus Cristo e nem na Santíssima Trindade. Afirmam adorar exclusivamente a Jeová (Deus). Entre alguns dos pontos polêmicos defendidos por eles, está a proibição da transfusão de sangue entre os fiéis.

RESTAURACIONISMO
Os teólogos divergem quanto à classificação de testemunhas, adventistas e mórmons. Alguns afirmam que vieram da insatisfação de protestantes de várias correntes, que queriam "restaurar" o cristianismo original nos Estados Unidos da América.
 
MÓRMONS
Conhecida como Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, o nome "mórmon" vem de um profeta. O batismo é feito em uma fonte especial, sustentada por 12 bois, que representam as 12 tribos de Israel.

ADVENTISTAS
Os adventistas pregam o retorno de Jesus Cristo. Alguns creem no sono da alma entre a morte e a ressurreição, e outros fazem a guarda do sábado, dia em que não podem trabalhar. Evitam consumir carne e narcóticos.