Enviado
por email em 06/09/2016 pelo
Ir\Cleverson Fidelis A.'.M.'.
Obr.’.
da A.’.R.’.L.’.S.’.”Stella Matutina” nº 658
Or.’.
de Santo André - SP
Normalmente colocadas sobre os capitéis das
duas colunas que marcam a entrada do Templo estão seis romãs, três sobre cada
um dos capitéis.
O Templo de Salomão teria representadas
sobre as suas colunas de entrada nada mais, nada menos do que quatrocentas romãs
(Reis, Cap VII, vers 18 a 20) e (Crônicas, Cap IV, Vers 13)
O L.’. L.’. em Exodus, Cap XXVIII nos ensina, que
as romãs estavam esculpidas no Templo de Salomão em Jerusalém, como símbolos de
retidão ou honradez.
Na mitologia iraniana, o fruto desejado da
árvore sagrada era a romã, e não a maçã, como o que sempre foi divulgado no Ocidente.
O Velho Testamento refere a Romã, onze
vezes, enquanto o Novo Testamento, a omite totalmente.
A romã possui 613 sementes, tal qual os
613 mandamentos judáicos “Mitzvots”, presentes no Livro Sagrado, a Torá.
Dessa forma, na tradição judáica, no
feriado chamado “Rosh Hashanah”, dia em que começa o ano judáico, é comum
consumir romãs, símbolo de renovação, fertilidade e prosperidade.
No antigo Egito o mês tinha três semanas de
dez dias cada uma, e o ano doze meses, ou seja, 360 dias aos quais, para
corrigir a anomalia astronômica, foram acrescentados cinco dias que eram os
correspondentes aos aniversários dos deuses Osíris, Hórus, Set, Isis e Néftis.
Esses cinco dias acrescidos, eram
considerados de mau agouro, e para aplacar o azar, eram oferecidas romãs,
colocadas nos altares e semeadas no parque funerário, três romãs, simbolizando
o Egito, mais cinco em honra aos cinco deuses patronos dos cinco últimos dias,
e mais sete, em homenagem às sete trajetórias que as almas deviam percorrer
para purificar-se.
A Romã é de difícil uso como alimento,
porque a separação dos grãos, firmemente inseridos em sua polpa, exige certa
habilidade, mas o seu suco, obtido com o esmagamento das suas sementes, que na
realidade se constituem cada uma em um fruto separado, é de fácil obtenção.
A casca é grossa e robusta; quando bem
maduro o fruto rompe-se, pondo à mostra alguns grãos; quando colhida e deixada
em lugar quente, a Romã seca lentamente, não apodrece e mesmo seco é utilizado.
O interior apresenta duas câmaras, a alta
que contém cinco celas onde se espremem dezenas de grãos e a câmara baixa, que
se apresenta da mesma forma, os grãos têm no centro, uma diminuta semente
branca e ao redor uma grande parte carnosa e transparente que as unem.
Os frutos representam os maçons que estão
no Oriente Eterno, são pedras totalmente polidas que abrilhantam o Reino
Celestial. As câmaras simbolizam a vida externa e a interna, ou seja, a mente
humana e o espírito. As cinco células da Câmara Alta representam as fases
intelectuais onde se estuda a razão da verdade eterna o conhecimento, o impulso
para o elevado, para a moral e para a perfeita harmonia, também representam ao
mesmo tempo as cinco raças humanas perfeitamente unidas e sem preconceitos,
também recordam as cinco idades do homem; a embrionária, a infância, a do
aprendizado, a construtiva e a madura.
As três células da Câmara Baixa
correspondem ao aprendizado, ao companheirismo e ao mestrado.
As três substâncias do homem, sangue, carne
e ossos, o homem Templo, o homem Altar e ao homem Alma, as três luzes, o V.’.M.’.
e os Vvig.’.
O formato externo representa a Terra, seja
pela sua esfera, seja pela sua coloração e conteúdo e expressa na sua coloração
a realidade.
A coroa de triângulos ou coroa da virtude,
do sacrifício, da ciência, da fraternidade e do amor ao próximo está colocada
numa extremidade da esfera.
A flor rubra representa a chama do
entusiasmo que conduz o Neófito ao seu destino, iluminando a sua jornada.
As cores da Romã simbolizam o verde, o
reino vegetal; a amarela, o reino mineral; e a vermelha, o reino animal.
As membranas brancas, que não constituem
cor, mas a mistura de todas as cores como as obtidas quando o raio transpassa o
cristal formando o arco-íris, simboliza a paz e o amor fraterno. O que mantém
as sementes unidas na Romã é a sua pele interna. Essa pele, feita da mesma
substancia carnuda e consistente da casca e do miolo, representa o selo, ou
seja, o sigilo maçônico.
A Romã é uma fruta bastante diferente das
demais e não foi por acaso que entrou como peça decorativa dos Templos
Maçônicos. A sua casca, dura e resistente representa a Loja em si, o templo
material e as sementes representam os OObr:. Sendo cada semente diferente da
outra, em tamanho e formato, mas o paladar é único.
Na Maçonaria, os grãos da Romã, mergulhados
na sua polpa transparente, simbolizam os maçons unidos com a energia e a força
necessárias para realizarem o trabalho.
Rompido esse selo, as sementes ficam
expostas ao ataque de pragas, deteriorando-as e estas perdem assim sua
finalidade.
Igualmente na Loj.’., todos os nossos
assuntos carecem da proteção do sigilo, sob pena de rompido este, a Loj.’. que
é uma romã, venha a sofrer sérias consequências como a perda da coesão, da união
que deve reinar em nosso meio em prol o bem comum.
Bibliografia:
Nicolau
Sevcenko, Prof. de História da Cultura - USP
Ritual de A.’.M.’. do REAA - 4ª
Instrução de A.’. M.’.