domingo, 24 de novembro de 2013

Administração de nossa Loj.'. para 2013 - 2014


Lobos internos

 Um dia um velho avô foi procurado por seu neto, que estava com raiva de um amigo que o havia ofendido.
O sábio velhinho acalmou o neto e disse com carinho: "Deixe-me contar-lhe uma história: Eu mesmo, algumas vezes, senti muito ódio daqueles que me ofenderam tanto, sem arrependimento. todavia, o ódio corrói a nossa intimidade mas não fere nosso inimigo. É o mesmo que tomar veneno desejando que o inimigo morra.

Lutei muitas vezes contra esses sentimentos.

O neto ouvia com atenção as considerações do avô. E ele continuou: "é como se existissem dois lobos dentro de mim. um deles é bom. Não magoa ninguém. Vive em harmonia com todos e não se ofende.

Ele só lutará quando for certo fazer isto, e da maneira correta. Mas, o outro lobo, ah!, esse é cheio de raiva.

Mesmo as pequenas coisas desagradáveis o levam facilmente a um ataque de ira! Ele briga com todos, o tempo todo, sem qualquer motivo. É tão irracional que nunca consegue mudar coisa alguma!

Algumas vezes é difícil de conviver com estes dois lobos dentro de mim, pois ambos tentam dominar meu espírito".

O garoto olhou intensamente nos olhos de seu avô e perguntou: "E qual deles vence, vovô?"

O avô sorriu e respondeu baixinho: "Aquele que eu alimento mais frequentemente".

E você, qual dos dois lobos tem alimentado com mais frequência?

A figura do lobo é significativa, uma vez que representa o grau de animalidade que ainda rege as nossas ações.

Enquanto o ser humano não desenvolver todas as virtudes que o elevarão à categoria de espírito superior, sempre haverá em sua intimidade um pouco dos irracionais. E essa luta interna é que irá definindo o nosso amanhã, de acordo com o lado que mais alimentamos.

Por vezes, um simples ato impensado, uma simples ação infeliz, pode nos trazer consequências amargas por longo tempo.

Paulo, o grande apóstolo do cristianismo, identificou muito bem essa luta íntima quando disse: "o bem que eu quero, esse eu não faço, mas o mal que não quero, esse eu faço."Indignado por algumas vezes ainda ser dominado pelo "homem velho", em prejuízo do homem novo que desejava ser, Paulo desabafou e nos deixou esta grande lição: é preciso perseverar.

É preciso deixar que esse lobo sedento de vingança e obcecado pela ira, que ainda encontra vitalidade em nosso íntimo, não receba alimento e desapareça de vez por todas, cedendo lugar ao homem moralmente renovado que desejamos ser.

Agindo dessa maneira poderemos um dia, não muito distante, dizer, como o próprio apóstolo Paulo disse, depois de vencer a si mesmo: "já não sou eu quem vive, é o cristo que vive em mim."

Mas, para que cheguemos a esse ponto, temos que travar muitas batalhas internas a fim de fazer com que os ensinamentos e os exemplos de Jesus, o mestre por excelência, façam sentido para nós a ponto de se constituir em força motriz, a impulsionar os nossos pensamentos e atos.

Você sabia?

Você sabia que Paulo de Tarso renunciou a muitas coisas para seguir a Jesus?

Ele, que foi um dos primeiros perseguidores dos cristãos em nome da sua crença religiosa, depois que viu o Mestre às portas da cidade de Damasco, tornou-se seu seguidor fiel até os últimos dias de sua vida.

Mas, para isso, foi preciso silenciar muitas vezes a fera interna que tentava falar mais alto.

Foi preciso renunciar a si mesmo, deixar o orgulho de lado, tomar da sua cruz e seguir os passos luminosos do Mestre de Nazaré.

(Baseado em arquivo recebido pela internet, sem menção do autor)

sábado, 23 de novembro de 2013

Oração ao Grande Arquiteto do Universo !!!


Senhor, Grande Arquiteto do Universo! Permitiste-me que, como Maçom, eu pudesse vislumbrar um pálido clarão de Tua Luz ao ingressar nos Mistérios. Ajuda-me, pois, a ser também luz para iluminar os caminhos que abristes para mim, para os que agora acompanho e para os que talvez um dia me seguirão.

Que eu reflita em cada traço de meu corpo - veículo perecível e transitório - e de meu espírito - essência imortal, a justa medida do golpe do Teu Maço e o perfeito desbaste do Teu Cinzel, para que toda minha individualidade reflita inequivocamente Tua Vontade, Tua Lei, Teu desejo incontido de Criação. Fizeste-me Maçom.

Para isso morri, despertaste-me, renasci! Estende-me, pois, Vontade Suprema, o verdadeiro sentido da mansidão fraterna nos gestos, nas atitudes e no falar, para que por mim honra e glória sejam dadas a Ti, Criador, não à criatura. Ensina-me a humildade na crítica, sobretudo ao ser eu o criticado, para que através de mim todos entendam e aceitem que a humildade é uma de Tuas Essências.

Instrui-me nas virtudes da Paciência, da Tolerância e da Alegria. Concede-me as chaves de suas portas para que eu possa confessar ao mundo minha crença em Teus Desígnios tanto em juramento quanto em ações, cada dia de minha vida. Ajuda-me, Supremo Ordenador, no desenvolvimento da capacidade de aceitar os outros como são, mesmo que isso me pareça a tarefa mais árdua, a pedra mais bruta, a viagem mais penosa ou a taça mais amarga, pois melhor que aqueles que um dia me conduziram diante de Ti, conheces a verdadeira contextura deste seixo pequenino que sou e como é discutível o meu julgamento humano.

Dá-me, bem antes da sabedoria de Salomão, a aceitação de Jó para que minha palavra seja sempre voltada para o bem de meus irmãos universais. Sou pedra bruta, bem o sei, mas não inanimada pois posso mover-me. Indica-me, então, a direção do Teu Golpe.

Cinzela minhas arestas e assenta-me na construção do Templo Universal que desejas e contra cujas Colunas tantos lutam em insensata cegueira. Amplia o alcance de meus braços, aumenta minhas forças, abra-me o conhecimento, reforça minha fé e minha coragem, faça ressoar minha alegria, dá-me a convicção por meus ideais, alimenta meu corpo, abra-me Teus Caminhos e desapega-me de mim mesmo.

Deixa-me ver a Ti sempre, em tudo e em todos; jamais, contudo, assim o peço, que seja por mim mas por meus irmãos. Pois é somente assim que poderei ser justo e perfeito Maçom; é somente assim que poderei apresentar-me diante de Ti, no momento da Iniciação no Oriente Eterno, com minhas mãos senão cheias ao menos calejadas do trabalho por amor a Ti; com meus olhos senão cegos por Tua Luz ao menos voltados em Tua direção. De nenhum outro modo, senão assim, poderei chamar-Te de Pai Criador, reconhecer-Te sinceramente como a Vontade Suprema na ordem perfeita do Universo, erguer meus olhos para Ti sem ofender-Te, pedir-Te sem barganhas hipócritas, oferecer-Te o melhor de mim sempre e unir-me a Ti como a chama que retorna ao lenho do qual partiu, na união final que dispensa explicações.

Mas, ainda Te peço algo mais, Senhor dos Mundos! Que eu possa, antes de cruzar as Colunas do Oriente Eterno, olhar a marca de todos os meus passos e atos sem envergonhar-me do pouco que tenha caminhado ou feito, se nesse pouco tenha podido lapidar uma única pedra que seja e que meus irmãos universais, ao passarem pelo lugar de meu último repouso, consigam ver na soma de tudo o que pude ser ou fazer um pequenino fragmento de Tua Presença

Assim seja!

T.'.F.'.A.'.
 
Texto enviado pelo Ir.'. Erival Daré - A.'.R.'.L.'.S.'. "Frater Domus de Riacho Grande" 452 - Or.'. de São Bernardo do Campo - SP  - por email em 23/11/2013