sexta-feira, 6 de julho de 2012


O QUE É FILOSOFIA?

Ir.'. Marcus Vinicius Moreno - ARLS “Stella Matutina 658 - Or.´. Santo André - SP

 Muitas pessoas têm hobbies diferentes. Algumas colecionam moedas e selos antigos, outras gostam de trabalhos manuais, outras ainda dedicam quase todo  o seu tempo livre a uma determinada modalidade de esporte.

Também há os que gostam de ler. Mas os tipos de leitura  também são muito diferentes.

Alguns lêem apenas jornais ou gibis, outros gostam de romances,  outros ainda preferem livros sobre temas diversos como astronomia, a vida dos animais ou as novas descobertas da tecnologia.

Se me interesso por cavalos ou pedras preciosas, não posso querer que todos os outros tenham o mesmo interesse.

Se fico grudado na televisão assistindo a todas as transmissões de esporte, tenho que aceitar que outras pessoas achem o esporte uma chatice.

Mas será que existe alguma coisa que interessa a todos? Será que existe alguma coisa que concerne a todos, não importando quem são ou onde se encontram?

Sim, meus irmãos, existem questões que deveriam interessar a todas as pessoas.

Qual é a coisa mais importante da vida? Se fizermos esta pergunta a uma pessoa de um país assolado pela fome, a resposta será: a comida.

Se fizermos a mesma pergunta a quem está morrendo de frio, então a resposta será: o  calor. E quando perguntamos a alguém que se sente sozinho e isolado, então  certamente a resposta será: a companhia de outras pessoas.

Mas, uma vez satisfeitas todas essas necessidades, será que ainda resta alguma coisa de que todo mundo precise?

Os filósofos acham que sim. Eles  acham que o ser humano não vive apenas de pão.

É claro que todo mundo precisa comer. E precisa também de amor e de cuidado. Mas ainda há uma coisa de que todos nós precisamos. Nós temos a necessidade de descobrir quem somos e por que vivemos.

Portanto, interessar-se em saber por que vivemos não é um interesse "casual" como colecionar selos, por exemplo. Quem se interessa por tais questões toca um problema que vem sendo discutido pelo homem praticamente desde quando passamos a habitar este planeta.

A questão de saber como surgiu o universo, a Terra e a vida por aqui é uma questão maior e mais importante do que saber quem ganhou mais medalhas de ouro nos últimos Jogos Olímpicos. É filosofia, pura e simples.

E o melhor meio de se aproximar da filosofia e fazer perguntas filosóficas:

Como o mundo foi criado? Será que existe uma vontade ou um sentido por detrás do que ocorre? Há vida depois da morte? Como podemos responder a estas perguntas? E, principalmente: como devemos viver?

Essas perguntas têm sido feitas pelas pessoas de todas as épocas. Não conhecemos nenhuma cultura que não se tenha perguntado quem é o ser humano e de onde veio o mundo.

Basicamente, não há muitas perguntas filosóficas para se fazer. Já fizemos algumas das mais importantes. Mas a história nos mostra diferentes respostas para cada uma dessas perguntas que estamos fazendo.

É mais fácil, portanto, fazer perguntas filosóficas do que respondê-las. Da mesma forma, hoje em dia cada um de nós deve encontrar a sua resposta para estas perguntas. Não dá para procurar numa enciclopédia se existe um Deus, ou se há vida após a morte.

A enciclopédia também não nos diz como devemos viver. Mas a leitura do que outras pessoas pensaram pode nos ser útil quando precisamos construir nossa própria imagem do mundo e da vida.

Mesmo que seja difícil responder a uma pergunta, isto não significa que ela não tenha uma - e só uma - resposta certa. Ou há algum tipo de vida depois da morte, ou não.

Muitos dos antigos enigmas foram resolvidos pela ciência ao longo dos anos.

Antigamente, um grande enigma era saber como era o lado escuro da Lua. Não era possível chegar a uma resposta apenas através de discussão; a resposta ficava para a imaginação de cada um. Hoje, porém, sabemos exatamente como é o lado escuro da Lua.

Não dá mais para "acreditar" que há um homem morando na Lua, nem que ela é um grande queijo, todo cheio de buracos.Na verdade a filosofia consiste na capacidade de nos admirarmos com as coisas.

Para ser mais preciso: embora as questões filosóficas digam respeito a todas as pessoas, nem todas se tornam filósofos. Por diferentes motivos, a maioria delas é tão absorvida pelo cotidiano que a admiração pela vida acaba sendo completamente reprimida.

Mas, o que isto tem a ver com a Maçonaria ??? E o que dizer das, tão faladas, referências simbólicas da nobre arte ??? Existe relação entre a filosofia genérica e profana com a filosofia dita iniciática ???

Irmãos, a relação entre ambas é inevitável e latente. Além das referências encontradas nas escolas iniciáticas da Antiguidade, a Maçonaria, bem como seus símbolos, reúnem um conjunto de informações formadas pela observação, pela admiração e indagação de irmãos que, ao longo do tempo, buscaram decodificar esta ciência mística. Posso entender que, por reunirem os elementos básicos para a condição, estes homens eram antes de tudo, filósofos em sua essência.

Todo aquele que se admira e se questiona, que não se conforma com respostas prontas e dogmáticas, é um filósofo.

E se o mesmo estiver livre e for de bons costumes, poderá ser um maçom. E se o mesmo tornar-se um maçom, poderá usar seu conhecimento para tentar decodificar símbolos, antes estranhos, e desbastar a Pedra Bruta.

De que vale conhecer, a explicação conceitual do que é, por exemplo, o Esquadro, se não nos perguntarmos por quê o mesmo foi escolhido para esta representação ??

Como posso usá-lo em meu dia a dia ?? De onde surgiu esta relação simbólica ??

Além disto é válido lembrar que, a Maçonaria pertence ao conjunto filosófico e histórico da humanidade, e não o contrário.

Mesmo que achemos (alguns) que suas origens remontam a outros povos e planetas, foi através das condições por nós desenvolvidas (Filosofia Geral) é que conseguimos interpretar seus símbolos.

A capacidade de admiração e inerente a minha condição humana. Mesmo hoje sendo um maçom, não perdi esta capacidade. Pelo contrário, ela foi mais estimulada e aguçada. Afinal : Quem somos ?? De onde viemos ?? Para onde vamos ??


A EGRÉGORA


A utilização do Termo Egrégora pode gerar aos pesquisadores diferentes compreensões, mas afinal o que exatamente significa Egrégora?

Algumas definições são bastante enfáticas: "Palavra que se tornou popular entre os espiritualistas, significa a aura de um local onde há reuniões de grupo, e também a aura de um grupo de trabalho”.

Outras definições são mais exóticas: "Egrégoras são entidades autônomas, semelhantes a uma classe de "devas" que se formam pela persistência e a intensidade das correntes mentais realizadas nos centros verdadeiramente espiritualistas; pois nos falsos tais criações psicomentais se transformam em autênticos monstros, que passam a perseguir seus próprios criadores, bem como os freqüentadores desses centros".

Finalmente temos uma definição um pouco mais clássica: "Egrégora provém do grego egrégoroi e designa a força gerada pelo somatório de energias físicas, emocionais e mentais de duas ou mais pessoas, quando se reúnem com qualquer finalidade.

A egrégora acumula energia de várias freqüências, assim, quanto mais poderoso for o indivíduo, mais força estará emprestando a egrégora para que ela incorpore às dos demais".

Na média temos que: Egrégora é a somatória de energias mentais, criadas por grupos ou agrupamentos, que se concentram em virtude da força vibratória gerada ser harmônica.

Se considerarmos esta como sendo uma definição mais ou menos válida, podemos tecer algumas conclusões.
Se a Egrégora é a somatória de energias, não há limites para que nível de freqüência seja a sua fonte criadora, assim pode existir em potencialidade muitas egrégoras com freqüências elevadas e egrégoras com freqüências vibratórias menos elevadas ou se preferirem "negativas".

A existência de diferentes freqüências reforça a antiga lei da dualidade entre o positivo e o negativo, ou ainda entre o claro e o escuro e o bem e o mal, embora esta ultima definição careça de uma analise mais profunda.

Se for então verdadeiro que a somatória de forças vibratórias ressonantes se soma no Éter é provável que esta força criada seja capaz de prover seus geradores de potencialidades.

Esta hipótese se confirma pela manifestação material do que pode se chamar de energia construtiva (ou destrutiva) dos diversos grupos religiosos, esotéricos ou metafísicos.

Quer me parecer que o mais correto seria considerarmos a hipótese de que realmente possa existir uma Egrégora positiva construtiva, assim como pode haver uma egrégora negativa ou destruidora.

Em última análise o bem e o mal competem para o equilíbrio das forças, aliás, o equilíbrio é o objetivo e não o caminho entre os extremos.

Talvez a pergunta mais enfática seja: qual é exatamente a fonte geradora desta energia potencial que anima e mantém uma Egrégora?

Como fisicamente isto ocorre? Como as energias vibram em ressonância?

A resposta talvez esteja na constância, na geração uniforme e linear da mesma e única energia. Como isto pode acontecer?

Talvez aí esteja depositada a tradição do Ritual e das Cerimônias Templárias, das diferentes tradições, inclusive a Martinista.

Tal qual um gerador ou dínamo, a permanência do eixo girando sempre no mesmo sentido, velocidade e harmonia é garantia da geração da energia elétrica que é o seu resultado.

O trabalho templário regular, constante, harmônico, somado aos interesses superiores de seus praticantes é a fonte geradora de um nível vibratório elevado, alimentador e constante de uma Egrégora capaz de gerar paz, evolução espiritual e conhecimento aos que dela usufruem.

Esta tese também responde a uma questão importante, diz a tradição Martinista que, para trabalhar no caminho do equilíbrio, não é permitido a "venda", negociação ou pagamento de graus ou conhecimentos, ou seja, num grupo Martinista o dinheiro não pode e não deve ser uma preocupação, muito menos um objetivo, tais necessidades dentro de um Templo prejudicaria a própria energia potencialmente criadora.

Diz a tradição martinista que, como eles almejam um dia tornarem-se Soldados de Nosso Senhor, os Guardiões do Vaso Sagrado ou ainda as Sentinelas do Santo Sepulcro, certamente devem primeiro combater, fervorosamente, o Bem sobre o mal, as virtudes sobre os vícios, a riqueza espiritual sobre a mediocridade material.

Se isto não é possível em cada segundo de sua vida, uma vez que estamos invariavelmente imersos num mundo globalizado e repleto de necessidades sociais, que o seja pelo menos em espírito, na vontade, em seu Templo.

 Obs.: A literatura mundial tem com freqüência chamado de forma genérica de Martinistas, os discípulos de Martinez de Pasqually e os de Louis Claude de Saint-Martin.

Se bem que a base de ambas teorias são coincidentes, uma diferença profunda separa as duas escolas. A de Martinez, restringiu-se à Teurgia, à prática operativa, enquanto que a de Saint-Martin estendeu-se à chamada senda mística ou cardíaca.

Em particular, a expressão "Ordem Martinista", ou simplesmente Martinismo se refere necessariamente às tantas organizações que trabalham para o aprimoramento espiritual da humanidade, sob o mesmo símbolo ou Pantáculo.

Anônimo